Podcast: Orientação para os pares e a importância do apego
A conversa entre o Tomás Magalhães e a Laura Sanches é muito baseado no livro: “Hold on to your kids”, por isso este podcast foi tão relevante.
Ideias que me impactaram:
“O teu poder como mãe ou pai tem mais a ver com o vínculo afetivo do que um truque de parentalidade. O nosso único poder é a relação.”
“Um ponto importante, as crianças têm todo o pontencial e a nossa única função é criar as condições certas para elas se desenvolverem.”
“Se virmos uma planta que não está a crescer bem, não vamos dizer à planta como crescer, nem vamos dar recompensas para ela crescer melhor, temos de olhar à volta e ver se falta sol, se falta água, a terra estará boa?, mudamos as condições para a planta crescer da melhor forma, é exatamente como com as crianças, a maioria dos ambientes está na relação”.
Aquilo que interpretamos por birra, significa que estamos a insistir em algo e nem sempre a criança está disponivel, por isso a criança resiste. Gordon Neufeld sugere fazer uma ligação com a criança. Quando a criança olha para nós nos olhos, quando a criança sorri ou quando faz um sinal com a cabeça. É preciso ativar a ligação com a criança através da brincadeira, imitação.
“Os seres humanos nascem com a necessidade de vínculo, (com pelo menos uma pessoa), que esteja presente e disponível. Se não existir um adulto capaz de cumprir essa função, a criança vira-se para os pares.”
“Crianças orientadas para os pares sofrem mais. Por isso se alguém disser: “não gosto de ti”, para uma criança orientada para os pais não irá sofrer, porque sabe que tem o pai e a mãe que os ama incondicionalmente. Quando os adultos são a referência há sempre esse escudo. Quando a referência são os pares e a criança não se sente acarinhada, a criança fica sem suporte.”
“Uma criança mais obediente e mais segura de si vai mais contra a ideia geral do grupo.”
“Crianças orientadas para os pais, não têm medo de dar a sua opinião e até de não ter um telemóvel.”
“Uma criança orientada para os pares tem uma relação mais superficial.
É fundamental criar uma “Aldeia de Apego”, onde as crianças criam relações seguras e de amor incondicional, tornando a criança mais resiliente. Gordon Neufeld chama de “cascata hierarquica” de apego.